Campeonato Jauense de Futsal 1 Divisão-2 Rodada

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Futebol:Conheça um pouco da história de Edu

O estilo do futebol europeu ainda está presente no atacante Edu. E não é para menos. O jogador permaneceu nove anos na Espanha, onde defendeu o Celta de Vigo e o Real Betis. De volta ao Brasil, o jogador de 30 anos busca agora a readaptação às exigências do calendário nacional. É uma espécie de volta às origens de um atleta que se consagrou em uma das ligas mais competitivas do mundo.

Nascido em Jaú, no interior de São Paulo, Edu tinha uma vida metódica. Filho de um usineiro de cana de açúcar, dividia o seu dia entre a obrigação de estudar e o prazer de jogar futebol nos campos da fazenda. O toque refinado do garoto na bola rendia comparações com o seu pai, que também se destacava nas partidas disputadas na várzea.

Edu já está à disposição de Mário Sérgio / Foto: Lucas Uebel/VIPCOMM “Meu pai sempre jogou bem, mas acabou não tendo a oportunidade de seguir carreira. Então todo mundo dizia que eu viraria jogador”, recorda Edu.

Com a falência da usina, a família Schmidt foi para a cidade. Observado pelo goleiro do XV de Jaú, Celso, Edu foi levado para fazer um teste na equipe infantil do clube. A partir de então, tudo aconteceu muito rápido. Aos 16 anos, transferiu-se para a capital para jogar pelo São Paulo, clube que o preparou para uma vitoriosa carreira fora do país. Pouco depois da sua chegada ao Morumbi, disputou um torneio na Alemanha pelas categorias de base e foi eleito o melhor jogador.

As convocações para as seleções de base do Brasil (sub-17, sub-20 e sub-23) tornaram-se constantes, sendo campeão pré-olímpico em 2000. Em 1998 foi promovido ao grupo profissional do São Paulo e dois anos depois participou da conquista do Campeonato Paulista ao lado do ídolo Raí, com quem inclusive chegou a ser comparado.

Mas sua trajetória no Brasil foi breve. Em 2000 acabou sendo comprado pelo Celta de Vigo. Na sua terceira temporada, ajudou a levar o inexpressivo time às oitavas-de-final da Champions League de 2004. Mas foi no Real Betis que Edu virou ídolo.

Chamado de ‘Príncipe’ pela fanática torcida do clube de Sevilha, marcou 12 gols no seu primeiro ano com a camisa 18 do clube verde e branco e foi um dos principais nomes do título da Copa do Rei. A conquista garantiu a participação pela primeira vez na história da Liga dos Campeões (2005).

“Fui considerado o melhor jogador tanto do Celta como do Betis, justamente por ajudar a conduzir os modestos times a esta importante competição europeia”, ressalta Edu.

O número de gols marcados não foi nada extraordinário (36 em 136 jogos), mas algumas das partidas nas quais o jogador deixou sua marca tiveram muita representividade junto à torcida.

Na temporada 2006/2007, fez dois gols sobre o Racing que livraram o Betis do rebaixamento à segunda divisão do Campeonato Espanhol. Na temporada seguinte, marcou gols nos duelos contra os poderosos Real Madrid e Barcelona. Foram vitórias de virada que também livraram a equipe do descenso.

“Estes dois jogos ficaram eternizados nas lembranças dos torcedores”, garante Edu.

Nos nove anos em que esteve na Espanha, construiu uma cartel respeitável que dura até hoje: é o terceiro brasileiro com mais jogos no país e está entre os dez maiores goleadores brasileiros. Além do espanhol fluente, absorveu uma cultura tática que o deixa à vontade para jogar em várias funções ofensivas.

A possibilidade de retornar ao Brasil para defender um clube de ponta seduziu o jogador ao final do Espanhol 2008/2009. A última temporada havia sido difícil em função de uma lesão que o afastou por longo período dos gramados. O Inter ofereceu um contrato de dois anos que foi aceito por Edu.

“Voltei porque se tratava de um clube de ponta. Poderia ter ido para ligas mais fracas, como a asiática, mas o planejamento do Inter era mais atrativo”, garante Edu.

Entretanto, a readaptação ao futebol brasileiro tornou-se um desafio a ser superado pelo novo jogador colorado. A começar pela exigência do abarrotado calendário de jogos. Na Espanha, a média era de 34 jogos por ano. No Brasil, o número é quase três vezes superior.

“Tudo é diferente. São bem mais jogos, a preparação é mais forte. O ritmo das partidas também é bem maior, pois não existe uma responsabilidade tática tão grande como havia na Europa. É mais difícil voltar ao Brasil do que ir para o Exterior”, observa.

Sua estreia no Inter acabou sendo prematura em virtude das lesões de Alecsandro e Taison. Apesar de ter feito apenas um treino coletivo, Edu foi para o jogo e acabou participando diretamente de um dos quatro gols sobre o Goiás. A torcida colorada viu em campo um atacante que não fica fincado na área e que gosta de vir com a bola dominada de trás.

“Esta é a maneira que gosto de atuar”, enfatiza o jogador.

Na partida seguinte, contra o Atlético-MG, marcou duas vezes na vitória por 3 a 0.

Depois de duas partidas marcadas pela superação, Edu entrou em um processo de recondicionamento físico conduzido pela comissão técnica. Enquanto adapta o seu corpo aos novos parâmetros de exigência, ele procura conhecer a sua nova cidade.

“Se não fosse o GPS no carro, estava morto. Tudo aconteceu muito rápido após minha transferência. Somente agora estou conseguindo em organizar”, revela.

Mas o futuro tem tudo para ser promissor para Edu, já que por onde ele passou conquistas não faltaram.

“O Inter tem um grupo humano muito interessante. Quero ser aqui o que sempre fui: um jogador importante para o time”, sonha.




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