Segundo os presentes , o que mais representou no evento esportivo foi à presença maciça dos douradenses nas arquibancadas do acanhado e mal tratado ginásio de esporte da cidade, que aplaudiram tanto os atletas da casa como os visitantes assim que encerrou os jogos, que teve como aperitivo um confronto entre duas equipes fraudinhas e uma formada por garotas.
Para Edgar Luis Barbosa, morador em Itaporã, que pela primeira vez foi ao ginásio Ulisses Guimarães para levar seus dois filhos que segundo ele seriam torcedores do “tricolor paulista”, o esforço compensou e diz esperar por novos eventos esportivos como o realizado. “Sabemos que é difícil trazer estes grandes clubes para nossa região, no entanto, acredito que se houvesse um maior apoio do Poder Público, do empresariado, com certeza não ficaríamos carentes de grandes atrações” disse o torcedor, lembrando que como amante do futebol tanto de campo como de salão, todas as vezes que haver um evento como este, com certeza marcará presença na praça esportiva, seja em sua cidade ou em Dourados.
Apostando no futuro
Por outro lado, o empresário Luis Carlos Piacentini, um dos que mais investiu -e investe- no futebol de salão douradense, disse que está faltando um maior apoio para que Dourados entre no cenário Nacional em definitivo.Com uma vasta e positiva ficha no investimento do salonismo douradense, Luis Carlos, que é pai de Deco e de Júnior, ambos com passagem pelo futsal italiano, e que por muitos anos manteve a equipe da Corte Aço em franca atividade e participou de diversas competições local, regional e estadual como a Copa Morena entre outras de maior porte, diz acreditar no potencial da cidade, no entanto, reafirma que é necessária uma maior integração para que o esporte seja fortalecido. “Veja bem, hoje assistimos um jogo de fraudinhas. Com certeza essas crianças vão crescer sonhando em jogar em um grande clube, na seleção brasileira inclusive, daí entender que é necessário investir no esporte, construir e dar aos nossos ginásios uma infra-estrutura para a prática deste e de outras modalidades esportivas, como o vôlei, o handebol e o basquete, mais para isso é necessária uma maior participação do Poder Público e principalmente do empresariado, que deve apostar no futuro de nossas crianças, de nossa juventude”.
Luis Carlos cita como exemplo, a cidade de Umuarama, hoje com pouco mais de 99 mil habitantes, que mantém uma equipe na Liga Nacional de futsal, todavia, ele lembra que a equipe da cidade paranaense conta com a indústria Zaeli / Gazin / Penalty no suporte financeiro para manter a comissão técnica e os atletas, ou como Cascavel, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu entre outras que participam de grandes competições no país. “Aqui em Dourados temos grandes empresas, porém elas não investem no esporte como deveriam e isso faz com que fique cada vez mais difícil manter uma equipe”, disse Luis Carlos citando como exemplo a Seara, que patrocina a seleção brasileira, no entanto não investe no esporte douradense.
Com relação ao jogo entre a AEFA e o São Paulo, Luis Carlos tem como opinião assim como muitos que compareceram no ginásio, de que o resultado foi o que menos importou, já que o clube paulista era o favorito por estar em franca atividade enquanto a maioria dos atletas douradenses vem de férias, principalmente os que atuam na Espanha e na Itália. “O resultado da quadra não serve como parâmetro, o que serve mesmo é o resultado das arquibancadas, com a presença maciça dos torcedores. Isso prova que quando se faz um evento com seriedade, com seriedade e principalmente respeitando o torcedor, o resultado é casa cheia”, disse o empresário reafirmando que é necessária uma participação maior do empresariado no esporte douradense, seja ele individual ou coletivo.
Novos amistosos
O empresário, que é um grande incentivador do salonismo douradense, disse que eventos como o realizado nesta sexta-feira em Dourados deve sempre ser trazidos para a cidade, pois está comprovado que existe uma carência muita grande de lazer para os douradenses. “Agora veio o São Paulo e o torcedor marcou presença. Entendo que amistosos como este deveriam ser realizados constantemente em nossa cidade, pois material humano tem de sobra, embora nosso ginásio necessite de uma ampla reforma para melhor receber eventos como este e principalmente oferecer mais conforto para o público”, disse Luis Carlos parabenizando a diretoria do AEFA e as pessoas que contribuíram pela vinda do “tricolor paulista” para este amistoso interestadual, que segundo ele, sempre duvida alguma já entrou para a história do salonismo da cidade.Waldemar Gonçalves - Russo
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