Como qualquer boa nova em um município do porte do nosso, ela já se espalhou e está deixando animados jauenses e todos aqueles que torcem pelo bem da cidade. Não é para menos.
A vinda de um centro de estudos e pesquisas para a região contribuirá para o desenvolvimento de Jaú e das cidades próximas. No curto prazo, ajudará a gerar empregos e dará aos jovens mais uma opção de estudar em uma instituição de excelência. No longo prazo, vai contribuir com a geração de conhecimentos que poderão ser aplicados em diversas áreas de produção.
O trabalho desenvolvido na Esalq de Jaú será voltado para as pesquisas na área de bioenergia, relacionadas principalmente à cana-de-açúcar. Essa proposta surge justamente no momento em que a economia brasileira se destaca no cenário internacional pela tecnologia desenvolvida no campo das energias renováveis. A ideia é que o centro de estudos traga novas conquistas e colabore para assegurar a liderança brasileira em fontes alternativas de energia e agroenergia.
A articulação para a vinda da USP a Jaú vem se desenrolando há alguns anos. Tudo começou quando Roberto Pacheco de Almeida Prado, o Robertinho, parente da família de Sebastião Camargo, passou a conversar com representantes da Camargo Corrêa sobre a possibilidade de doação de parte dos 300 mil metros quadrados de terreno ocioso da extinta Companhia Jauense Industrial para abrigar a Universidade. A área, afinal, estava desocupada desde o início dos anos 90 e a boa qualidade das suas instalações viabilizariam um uso racional do espaço.
A ideia, também defendida neste primeiro momento pelo jornalista João Prado Pacheco, radicado na capital desde os anos 70, acabou chegando ao conhecimento de outras pessoas, que se interessaram em incentivá-la. Entre elas, o secretário de Agricultura do Estado, João Sampaio, seu chefe de gabinete, José Cassiano Gomes e Renata Camargo, uma das herdeiras de seu Sebastião. Na solenidade de doação da área, a própria Renata reconheceu a importância de sua ação, colocando que Jaú já teria vocação na saúde, por meio do Hospital Amaral Carvalho, no comércio por seu polo calçadista, e agora seguiria definitivamente em direção à sua vocação no setor educacional.
É importante enfatizar que a vinda da Esalq só está sendo possível também graças ao envolvimento não só das pessoas citadas, mas devido ao esforço de representantes públicos como o deputado José Paulo Tóffano, praticamente todos os vereadores e à indispensável participação da administração municipal, através do prefeito Osvaldo Franceschi Junior. Após um início de ano um tanto conturbado, o prefeito e seus colaboradores merecem ser reconhecidos pelo esforço e pela grande conquista que é de todos nós.
Em momentos como esse é possível refletir um pouco sobre o papel dos representantes da população junto às esferas de poder. Apesar de sempre haver alguém na situação e alguém na oposição, e os dois lados terem visões distintas, não se pode esquecer que ambos batalham pelo melhor para a cidade e para os cidadãos. E em projetos como o da Esalq Jaú não há dúvidas de que a aproximação e a parceria são o melhor caminho para se alcançar o sucesso tão esperado.
Quero, em nome de todos os representantes das duas administrações anteriores, registrar a nossa satisfação com o rumo que essa ideia tomou e reforçar que estamos, agora mais do que nunca, dispostos a colaborar para fazê-la crescer e prosperar.
Parabéns, Jaú!
Eduardo Campanhã,ex-secretário de Comunicação de Jaú.
INDEPENDENTEFUTSAL.COM
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