Campeonato Jauense de Futsal 1 Divisão-2 Rodada

sexta-feira, 12 de março de 2010

Opinião Renato Savy:Violência e Torcidas Organizadas

Não pretendo buscar uma compreensão do comportamento dos jovens em face das transformações políticas, econômicas ou socioculturais, pois o presente artigo não tem pretensões psicológicas ou socioeconômicas e sim, realizar uma análise acerca da violência urbana e o futebol mundial, provocando reflexões nos leitores, que em sua maioria, são apaixonados, assim como eu, pelo futebol.

As torcidas do São Paulo e Palmeiras, no dia 21 de fevereiro de 2010, entraram em confronto, antes e após o clássico envolvendo as duas equipes da capital paulista, deixando pelo menos 20 torcedores feridos e 1 morto.

A Polícia Militar registrou em torno de 6 brigas entre os torcedores, na capital e nas cidades do Estado, e ainda, vários focos de confronto ocorreram nas imediações do Estádio do Palestra Itália.

No dia 03 de março deste ano, na cidade de La Plata, na Argentina, um policial faleceu, após ser atingido por um projétil disparado por um torcedor.

O mais surpreendente é que o confronto foi protagonizado por membros da torcida do Estudiantes de La Plata, que disputavam o poder dentro da diretoria da Torcida Organizada. O tumulto ocorreu antes da partida entre Estudiantes e Argentinos Juniors.

Em 25 de fevereiro de 2010, torcedores chilenos, do time Universidad Católica, brigaram entre si e apedrejaram um ônibus, no Leme, Rio de Janeiro e brigaram com torcedores do Flamengo.

Abordar a violência é uma tarefa difícil e mais ainda, analisá-la, pois necessário se faz abordar as particularidades de cada pessoa e do grupo que se envolve com a violência, bem como o contexto sociocultural e econômico destas pessoas.

A maioria das brigas é protagonizada por jovens de várias classes sociais.

Os sociólogos e psicólogos acreditam que a violência envolvendo os jovens está relacionada com a necessidade de pertencerem a um grupo; uso de drogas; efeitos da pobreza; ausência de futuro, familiaridade com a criminalidade, dentre outras causas.

Contudo, entendo que a intolerância gera a violência, pois as pessoas estão, a cada dia, mais intolerantes com o próximo, e mais, não toleram ser confrontadas e contrariadas.

Friso que a violência do torcedor não é privativa das camadas mais humildes, dos negros e mestiços, e sim, atribuo-a aos jovens desajustados, sem discernimento e com bases familiares desestruturadas.

Analisando os fatos, observamos que existem muitos jovens de classes abastadas e com “boa base familiar” que cometem crimes e estão envolvidos com a violência, por exemplo, o caso dos jovens de Brasília que incendiaram um mendigo, os pit bulls do Rio de Janeiro, jovens de classe média alta que saiam de suas casas para brigarem, dentre outros exemplos.

A violência entre torcedores é uma realidade em todos os países, incluindo os considerados desenvolvidos, de primeiro mundo, como por exemplo, os Hoolingans, que eram grupos de torcedores existentes na Europa, provenientes da Inglaterra, Rússia, Polônia, Alemanha e Croácia e utilizavam o futebol para brigarem, praticarem o vandalismo e o culto a bebida alcoólica.

Renato Savy
INDEPENDENTEFUTSAL.COM

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