Paulo Roberto Cruz
Os 70 funcionários da Associação Jauense de Auxílio ao Esporte (Ajae) entram hoje em aviso prévio. O convênio entre a Prefeitura e a entidade, que mantém as 20 escolas esportivas do Município, termina no dia 30 de junho e pode não ser renovado. A Secretaria de Esportes busca alternativas para evitar que as atividades de formação de atletas sejam paralisadas.
A Ajae recebe dinheiro da Prefeitura de Jaú desde 2001 para pagar os serviços de professores e técnicos dos times de base da cidade. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou falha na prestação das contas de 2006 da entidade e determinou a devolução de R$ 45,8 mil dos R$ 507 mil recebidos naquele ano. Também determinou que não mantenha novas parcerias com a administração.
De acordo com Guilherme Ferrucci Verdinelli, supervisor de Esportes da secretaria, a Ajae encaminhou esclarecimentos ao TCE para reverter a situação, mas as explicações ainda não foram avaliadas.
Ele diz que o fato de os funcionários estarem de aviso prévio faz parte do processo de término de contrato e não quer dizer que serão dispensados. Verdinelli comenta que três situações podem ocorrer.
“Podemos continuar parceiros da Ajae, se o tribunal (de Contas) considerar válida a explicação que enviaram, podemos repassar o controle dos recursos para cada modalidade, ou firmar parceria com outra entidade”, disse. Todas as medidas estão sob análise da Secretaria de Negócios Jurídicos, afirma.
Concurso
O diretor da Secretaria de Esportes, Márcio Martins, diz que o prefeito Osvaldo Franceschi Junior sugeriu a realização de um concurso para contratação dos professores e técnicos, em vez de a Prefeitura continuar a manter parcerias com entidades como a Ajae. “Mas isso ainda não está decidido. Estamos verificando a viabilidade de fazer isso neste momento”, fala Martins.
Salários estão atrasados
Os salários dos funcionários da Associação Jauense de Auxílio ao Esporte (Ajae) estão atrasados. Somente 50% dos vencimentos de abril foram liberados em maio e o restante não tem previsão de ser pago, de acordo com a entidade.
O motivo do atraso foi a proibição ao Município de continuar repassando verbas públicas à Ajae, determinada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A expectativa da entidade é que consiga a liberação para que quite o débito o mais rápido possível.
Preocupação
Os funcionários também estão preocupados com a possibilidade de ficar sem emprego a partir do dia 1º de julho. Eles dizem que a Prefeitura não informou até ontem se vão ser recontratados pela própria Ajae ou se passarão a prestar serviços a uma outra entidade.
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