Fazendo um “tour” pelo ginásio Serra Freire, de propriedade do Remo desde o início da década de 60, é fácil perceber o quanto é crítica a situação do lugar. Janelas quebradas, arquibancadas caindo aos pedaços, iluminação precária e um telhado cheio de buracos são as principais mazelas do espaço. A arquitetura do ginásio impede até mesmo a manutenção do telhado.
Na noite da última segunda feira, 3, um jogo do Campeonato Paraense de Basquete Feminino Sub-15, entre Remo e Paysandu, foi interrompido por causa de uma forte chuva. Os espaços deixados por telhas que caíram do teto se transformaram em “cascatas”, impedindo a continuidade da partida. “É um absurdo ter de lidar com esse tipo de situação”, lamenta o técnico de basquete do Paysandu, Ronaldo Veloso.
Do lado de dentro da quadra, os problemas ganham corpo. O piso de madeira está quase todo solto, oferecendo perigo aos atletas das modalidades amadoras que treinam no ambiente. O Remo possui atletas de futsal, basquetebol e voleibol treinando no Serra Freire. O alambrado também está desgastado, com pontas de ferro enferrujado salientes. Durante um jogo, o risco de se machucar é grande.
João Neto, coordenador de futsal do Remo, revela que um jogador da equipe Sub-11 de futsal já cortou o braço no alambrado deteriorado pela ação do tempo. “Temos medo dos nossos atletas se machucarem no alambrado, que tropecem na madeira solta do piso e que escorreguem com a água que cai do teto durante as chuvas. É uma pena enfrentarmos esse tipo de coisa”, reclama.
A funcionária pública Lourdes Corrêa, mãe de um atleta de futsal da categoria Sub-9 do Remo, tem medo que uma das telhas caia sobre o filho dela. “Acompanho meu filho com medo do pior. Já pensou se uma telha cai dentro da quadra durante o treino? O Remo não tem dinheiro para reformar, mas vou conversar com outros pais para pelo menos consertarmos isso”, promete, em tom de indignação. (Diário do Pará)
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