É o que aponta levantamento feito pelo Comércio – que visitou e fez um raio-x completo de oito praças esportivas em Jaú e no Distrito de Potunduva, na semana passada – e constatou a precariedade desses locais.
Os problemas enfrentados por quem se dispõe a exercer atividades esportivas nas áreas avaliadas vão desde a ausência de água para beber, falta de zeladores, energia elétrica cortada e recintos sem sombra. O ambiente do Jardim Concha de Ouro foi o que aparentou melhor estrutura. Confira o detalhamento nestas páginas.
Espaços do Jardim Nova Jaú, Chácara Nunes e São Crispim ainda possuem campos de futebol, entretanto, a prática do esporte está impossibilitada pelo mato alto. Nos dois primeiros, aliás, não existem espaços cobertos e nem há previsão de construção, este ano, pela Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (SELR) de Jaú.
O chefe da pasta, José Eleutério de Abreu Ribeiro, admite que a quadra localizada no Nova Jaú é a mais precária sob comando do órgão – apesar de projeto social manter ali escola de futsal para 120 crianças.
Dentre as prioridades de manutenção, Ribeiro ressalta a reinstalação de energia elétrica e a colocação de tabelas de basquete, porém, aguarda licitação do material.
Conforme o secretário de Esportes de Jaú, existe intenção de manter funcionários fixos em todas as praças esportivas do Município para inibir a ação de vândalos. Mas, para isso, e também para a conservação, Ribeiro explica que aguarda contratações por meio de concurso público, e ressalta que estudará a verba alocada para a pasta em 2011 para definir prioridades de consertos.
O orçamento para o esporte jauense caiu 15% este ano em relação a 2010, e agora é pouco superior a R$ 3,8 milhões. (Da redação)
* Ordem prioritária de manutenção das quadras esportivas, segundo informações da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (SELR) de Jaú. O órgão não estipulou prazo para o início das obras
1.* Nova Jaú
Nome oficial: Centro de Esportes e Lazer Dr. Roberto Brandão
Localização: Rua Domingo de Callis
Principais problemas: campo está com mato alto e não há área coberta com sombra para usuários; espaço não possui iluminação; falta pintura na quadra e o parque conta com apenas um brinquedo
O que diz a população: “Falta segurança e o local é tomado por desocupados”. Tereza de Souza Curvello, 68 anos, comerciante
O que diz a Prefeitura: quadra é uma das mais precárias da pasta de Esportes, e sofre com a ação de vândalos; pretende recuperar sistema elétrico, hidráulico e os alambrados
2. Orlando Ometto
Nome oficial: Centro de Lazer Marilde Therezinha Bernini
Localização: Rua Tuffic Nicolau
Principais problemas: alambrados estão danificados; postes de iluminação ficam dentro da quadra, mas não há energia elétrica; vestiários são alvos de vândalos e furtos frequentes; área é mais usada para empinar pipa que para prática esportiva
O que diz a população: “Precisaria derrubar para construir outro melhor. É muito descuido e meus filhos não têm vontade de brincar de lá”. Antônio Aparecido de Jesus, 45 anos, vendedor
O que diz a Prefeitura: objetivo é providenciar com urgência a reinstalação de energia elétrica
3. São José
Localização: Rua Ignácio de Almeida Prado
Principais problemas: tabelas de basquete foram retiradas e o centro não conta com área coberta para sombra ou espaço de descanso; caixa de força está com fios à mostra e não há água para usuários
O que diz a população: “As crianças estão de férias, mas não as deixo ficar o dia no sol, nem no parque, que não tem areia”. Marcelo do Rosário Bastos, 40 anos, mecânico
O que diz a Prefeitura: recuperar alambrado e tentar parceria com a Escola Municipal Professor Jayme de Oliveira e Sousa, ao lado do espaço esportivo
4. São Crispim
Localização: Rua Guerino Salmazo
Principais problemas: campo e quadra ficam alagados com chuvas; quadra, cujo piso apresenta irregularidades, também não possui tabelas de basquete; vestiários e salão social estão com vidros quebrados e sujos
O que diz a população: “O atual estado só estimula a presença de marginais, pois não tem ninguém para cuidar”. Vanessa Pifanelli, 27 anos, calçadista
O que diz a Prefeitura: deve reavaliar a gestão em parceria com a associação de moradores do bairro; quer adotar modelo usado no Jardim Concha de Ouro, com a participação efetiva da população
5. América
Nome oficial: Centro de Lazer Mário Martins Mengon
Localização: Rua Manoel da Silva Pacheco
Principais problemas: quadra poliesportiva está sem pintura e com mato em diversos trechos; há vidros do salão social e dos vestiários pelo chão do centro; alambrados estão com pontas de ferro soltas e oferecem riscos
O que diz a população: “É difícil de dormir com a presença de vândalos à noite. Está tudo abandonado”. Isabel de Fátima Pereira, 54 anos, dona de casa
O que diz a Prefeitura: área sofre constantes depredações e a solução seria manter funcionário fixo no local
6. Chácara Nunes
Localização: Rua João Mandruzatto
Principais problemas: não existe área coberta para sombra, e o piso da quadra “esfarela”; a caixa de força está com fios à mostra e só há água de torneira no campo, com o mato alto; também não há telas de basquete
O que diz a população: “Poderiam construir vestiário. Mas, não adianta fazer se não há manutenção e alguém para cuidar”. Antônio de Paula Damacena, 36 anos, calçadista
O que diz a Prefeitura: é necessário recuperar o alambrado do centro de lazer
7. Potunduva
Nome: Ginásio de Esportes Geraldo Lopes da Silva
Localização: Rua São José – Distrito de Potunduva
Principais problemas: quadra de cima não possui telas de basquete e os vestiários estão depredados; quadra de baixo não tem vestiários e faltam chuveiros e bebedouros em ambas
O que diz a população: “Falta infraestrutura e só tem água da torneira para a criançada beber”. Adilson Tandella, 22 anos, autônomo
O que diz a Prefeitura: almeja providenciar vestiário na quadra de baixo
8. Concha de Ouro
Localização: Rua Wadi Izar
Principais problemas: área é mantida por concessão pela associação de moradores do bairro, que custeia zelador com recursos próprios; depende de patrocínios de empresas para manutenção da área
O que diz a população: “O local estava abandonado há quatro anos, mas precisamos ficar em cima da Prefeitura para cobrar ajuda”. Claudinei Aparecido Mazzetti, 29 anos, vendedor
O que diz a Prefeitura: modelo de gestão com a associação de moradores de bairro deve ser adotado em outras áreas
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